Os resgates de enxames em cupinzeiros são bastante frequentes. Muitos pecuaristas solicitam que um apicultor retire um enxame de abelhas que se alojou em um cupinzeiro no pasto, pois, quando não estão mais sendo habitados pelos cupins, os cupinzeiros se transformam em ótimos abrigos para as abelhas. Mas como isso é possível? Um cupinzeiro normalmente não é oco, e para que um enxame se estabeleça em um local, este precisa ser oco, para que as abelhas possam montar suas estruturas, como os favos de cria, alimentação, espaços para trabalharem, ventilação, etc. Ou seja, todo o espaço necessário para seu desenvolvimento.
No entanto, um cupinzeiro pode ser aberto por algum animal de porte maior que busca se alimentar dos cupins, criando assim um oco no interior do cupinzeiro. Até mesmo uma coruja buraqueira pode realizar esse trabalho. Quando as abelhas estão à procura de um novo local para estabelecer o enxame, elas podem encontrar esses cupinzeiros que já têm ocos feitos por outros animais, tornando o ambiente perfeito para um novo lar. Isso ocorre porque o cupinzeiro é resistente, térmico e geralmente possui um espaço interno adequado para o enxame se estabelecer.
Foi isso que aconteceu no meu sítio, em alguns cupinzeiros. Com isso, comecei a fazer os resgates desses enxames e a acondicioná-los em caixas de manejo racional, beneficiando a todos: as abelhas, que ganhavam uma nova casa mais segura e aconchegante no apiário, e eu, que pude trabalhar de forma mais eficiente no manejo dos enxames.
LINK DO VÍDEO > INTERIOR DO CUPINZEIRO